Texto: Marcelo de Paiva
Uma noite para ser lembrada, quem sabe um dia, repetida. A “noitada” no salão do VTC em noite de Metal tem se repetido, o que é bom pra quem tem poucas oportunidades de curtir um show e rever amigos.
Bom e ao mesmo tempo, traz uma dúvida. A dúvida: vai ter um próximo, um outro e mais um outro, ou aproveito essa pois pode demorar demais pra se repetir? Dúvida que está sempre na mente de quem mora no interior.
Sábado último foi a vez de sair de casa pra rever a galera e assistir bandas que a gente conhece os músicos e os que não conhecemos passam a ser irmãos na carência de bons e constantes eventos. O programa da noite foi matador!
O Diønisio entrou no palco e detonou um hard psicodélico, com algumas pitadas mais trabalhadas de vocal por conta do baixista/vocalista que mistura Glenn Hughes com Arnaldo Batista facilmente, sem deixar de mandar um som pesado. O batera é Taylor Hawkins com Philty Taylor, a verve é de Keith Moon. Bóris e seus asseclas mostraram que psicodelia cai muito bem em show pesado.
O Iron Maiden é realmente uma banda mitológica. Fãs cantam todas as letras e se esquecem que Maiden Years é uma banda tributo. Bruce Dickinson para muitos, estava ali no palco. Até o escriba aqui, muito mais fã de Paul Di’anno que do menino Bruce, admite: Iron é maior com Bruce Dickinson.
Show com todas as grandes músicas, um vocalista super competente, bateria marcante, banda executando muito bem do início ao fim do set list e um guitarrista pra lá de carismático! Na verdade, dois, fora os convidados, já que no Iron cabe muitas guitarras!
Tuatha de Danann no palco: catarse e folk music pesada. Tuatha é aquilo: tem fãs e torcida.
Bruno Maia tá cada vez mais envolvido com a raiz da Música e da História, tá melhor do que quando começou e parece (só ele deve achar que não) não estar cansado, nunca. Edgar é maestro. Sempre foi. Não tem declive. Sola e segura a onda de todos. Nesse show em especial, teve menos trabalho de segurar a doideira musical da banda, teve ao lado, no baixo, Júlio (Bella Retrô) substituindo interinamente o carismático Giovani, que está em alto mar.
Raphael Tchurtis é ligado no 220 e tem se saído bem nas partes acústicas. Mistura folk com Pantera, é peso puro. Rafinha Delfino toca o cão! Onde colocar o rapaz ele vai mandar bem.
Pro bem do Tuatha, é baterista deles, agora. 25 anos de pura juventude tem a banda. 25 anos formando fãs.
A noite era uma criança e o público, seu brinquedo!
Doomsday no palco, Black Sabbath nem pede licença. O vocalista Rafael Pinto canta tranquilo (pra gente, pelo menos) clássicos que cravaram a banda de Birmingham no coração dos fãs.
Se Iron tem torcida, Sabbath tem devotos. Bateria pesada e presente. Ward e Appice, bem representados pelo batera Eric Mendes. Na guitarra, um Evil Zé disfarçando ser Iommi e convencendo, Matias é um enorme guitarrista. Não sabe, mas é.
A baixaria de Gezzer Butler aparece em cada nota que nosso Frusciante mineiro- brevemente irlandês, Wellington Rodrigues, toca. Carisma tem cara, alma e simpatia. Todo mundo quer ser amigo do baixista do New Democracy.
Show pesado e é claro, setentista graças a Deus. Fim de noite. Interior de Minas. Que todas as bandas de Varginha cheguem aos 25 anos!
Varginha é sim, a Terra do Tuatha e muitos outros, que aguardam ansiosamente, por mais um post de Denilson “Plug” Nascimento (Denilson Nascimento), anunciar mais uma noite de Metal.
Aqui, me sinto convocado! Até lá!