Por: Wender Reis
No Bazzar do Cirque du Soleil
Quando se é criança, não é preciso explicar o fascínio pelas coisas, o rosto automaticamente traduz os encantos e desencantos da vida. Adultos, dissimulamos, porque parece coisa de adulto, e é.
Desde mais novo, adoro me expressar, principalmente, escrever sobre aquilo que está perto do meu coração e é em virtude de uma das minhas últimas experiências que venho até aqui te dar, mais uma vez, boas-vindas ao Mariposas Espaciais. Obrigado pela visita, fique à vontade para respirar breves silêncios neste mundo de ruídos.
A experiência em questão foi ter sido expectador do espetáculo “Bazzar” do Cirque du Soleil que, entre setembro e dezembro de 2022, faz temporada no Brasil, respectivamente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
No Bazzar, como já esperado por qualquer expectador que, como eu, só conhecia as performances da companhia multinacional de CNPJ canadense por vídeo, os limites do corpo humano são explorados, quebrados e reinventados na frente de seus olhos.
Tudo que direi sobre Bazzar soará meio óbvio e, acredite, é, mas mesmo assim vale.
Da iluminação espetacular, figurinos e cenários às acrobacias que desafiam a morte, na “grande tenda”, como denominam, o que vi foi um espaço pequeno demais para tanta expectativa e alegria. As emoções provocadas pelo Bazzar não tomaram conhecimento de minha claustrofobia que sequer lembrei que tinha no meio de quase 3 mil pessoas na plateia.
Os efeitos especiais espetaculares fazem que, mesmo, os expectados mais cínicos, como eu, se rendam ao conjunto de luzes e sons. É tecnologia a serviço da arte para criar uma experiência única que você não consegue em nenhum outro lugar.
Na hiper aceleração de nossas vidas agitadas, parar e apreciar algo tão arrebatador nos devolve a humanidade que a rotina, às vezes, nos tira. Não há momento sem música, dança, interpretação ou acrobacia, seja de um artista realizando um solo ou com toda a trupe, a magia não cessa. O Cirque du Soleil oferece duas horas de absoluta admiração, escapismo e beleza.
Com artistas de mais de uma dúzia de países e centenas de funcionários fora do palco é inevitável imaginar a grandeza da companhia nos bastidores. Sendo os próprios artistas incrivelmente talentosos, também impressiona o trabalho que se reflete no palco através dos figurinos e a maquiagem de cada um deles e, claro, da própria estrutura.
Vida longa à arte circense! Vida longa ao Cirque du Soleil!
Agradecido pela leitura, como de praxe, o dito é infinitamente menor do que o não dito, mas nosso silencio também diz muito. Suas críticas e sugestões são bem-vindas e você pode compartilhar se quiser.
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